Olá amores. Lembram que eu falei da minha nova paixão intensa e devastadora pela fotografia?! Pois é, lendo o livro "O que é fotografia" do Cláudio Araújo Kubrusly, eu me deparei com um trecho do livro que fez todo o sentido do mundo pra mim. Acho que vale muito a pena ler, até para entender o post.
"Escravo do espelho meu..."
"... vinde do espaço profundo e dizei se existe no mundo mulher mais bela que eu!" Branca de Neve ou Afrodite - tanto faz. O pomo de ouro da discórdia dizia apenas: "À mais bela"... e pela beleza se mata, se faz a guerra. Beleza efêmera, vã, ilusória - diz a própria palavra vaidade. Que importa? - o homem é efêmero também.
Por sua própria natureza, a fotografia estabelece, antes de tudo, um julgamento sobre a beleza de cada um. Quando resta apenas o aspecto visual de uma pessoa, a única certeza que podemos ter é sobre sua aparência. A informação contida numa fotografia pode ser extremamente rica (minuciosa), mas é totalmente parcial, e nem mesmo quanto à aparência a imagem estática é sempre infalível. A beleza de um ser não se resume a seu aspecto exterior e nem sempre a fotografia transcende esta superfície. Se a perfeição das formas e traços fisionômicos fossem os únicos critérios válidos de julgamento, deveríamos buscar nos concursos de "Miss Universo" o que de mais representativo existe de humanidade.
Bom, o trecho se refere ao ideal de beleza que buscamos tanto, mas afinal, "Qual é esse ideal de beleza?" Esse é o tipo de assunto que dá pano para manga.
Nas aulas de historia da arte sempre estudamos que antigamente muito antigamente, mas precisamente no período paleolítico, a conhecida Vênus de Willendorf era a representação da idealização da figura feminina. Dizem que o seu corpinho volumoso tenha uma relação forte com o conceito da fertilidade.
Depois vieram as Vênus gregas, romanas e todas as outras que representavam esse ideal de beleza da época, mas será que elas eram realmente "belas"?
Nesse contexto "do que é belo ou não", eu trouxe duas fotografas famosas coisa rara que souberam se expressar de uma maneria diferente na fotografia. Uma que mostra a "real" beleza aos olhos da sociedade e outra que, nas próprias palavras, mostra o "outro lado".
Vamos começar com Julia Margaret Cameron (1815-1879). Ela foi uma fotografa britânica que se tornou conhecida por "capturar a beleza". Ela escreveu: "Eu ansiava para prender toda a beleza que vieram antes de mim e, por fim o desejo foi satisfeito".
A maior parte das fotografias de Cameron se enquadram em duas categorias: retratos e alegorias baseadas em obras religiosas e literárias. Nessa ultima em particular, sua influência artística foi claramente pré-rafaelita perfeição em pessoa.
Em 1971 suicidou-se tomando barbitúricos e cortando os pulsos. Diane fotografou essencialmente pessoas à margem da sociedade e pessoas comuns em poses e expressões enigmáticas.
"Para mim o sujeito de uma fotografia é sempre mais importante que a fotografia. E mais complicado…"
O que eu sei, e que para mim a Diane ensina muito bem, é que não importa qual o seu "grau de beleza", sempre terá alguém que encontrará beleza nos mais distintos traços de você e que sempre tem alguém, tão estranho ou tão normal quanto você (depende do seu referencial), que te aceitará do jeito que você é. \o/
Então é isso pessoas. Eu queria postar isso aqui no blog fazia tempo, mas só agora consegui terminar. Então ta aí. Não é um texto muito comum aqui no blog, mas que me deixou muito empolgada. Acho que vou começar a escrever mais sobre esses assuntos por aqui, se vocês gostarem, claro. E vamos aceitar as diferenças sem julgá-las né pessoinhas.
Espero que gostem, um beijo gigante para vocês e...
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ResponderExcluirBeijos Isabela Ferreira