quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Década 70

      Foi na década de 70 que aconteceu a crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos à recessão, ao mesmo tempo em que economias de países como o Japão começavam a crescer. Nesta época também surgia o movimento da defesa do meio ambiente, e houve também um crescimento das revoluções comportamentais da década anterior. Muitos a consideram a "era do individualismo". Eclodiam nesta época os movimentos musicais do Rock and Roll, das discotecas, e também do experimentalismo na música erudita.
     Foi a última década do período classic rock. É também conhecida como a "década da discoteca", devido ao surgimento da dance music. Surge também o movimento punk.
      O período foi de revolução e marcou um salto no comportamento dos jovens, na música e na liberação sexual da mulher. Foi a época do movimento hippie e da onda disco. A moda também deu um salto. Para os homens, deixou de ser formal e ganhou um toque colorido e psicodélico. Para as mulheres, passou a ser romântica e despojada: com cabelos desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas florais ou multicoloridas. Além disso, entram na moda as calças boca-de-sino e os sapatos de plataforma. 

  

     Originalmente concentrada em um estilo de vida ideal, sem guerras e competições de ego, o hippie acabou virando modismo. O estilo hippie teve uma exposição global em 1969 durante o festival de Woodstock, em Nova York, influenciando milhares de pessoas a adotar o visual.


      Os primeiro hippies rejeitavam o consumismo e olhavam para o Oriente como inspiração religiosa. A devoção a culturas e religiões exóticas foi absorvida também nas roupas. Sob forte inspiração étnica, ciganas, túnicas indianas, estampas florais e símbolos da paz se misturaram ao básico americano, como o jeans e a camiseta.    

     A onda do anti-consumo deixou os cabelos crescerem em desalinho. Elegeu os brechós como alternativa para agregar ao visual hippie ícones nostálgicos dos anos 20 e 30, como os chapéus desabados, veludos, cetins e estolas de pluma que ao serem usados por ídolos como Janis Joplin ou Jimi Hendrix viravam manias.


     A onda do feito a mão valorizou tinturas especiais como o “tie-dye” e os trabalhos de “patchwork”, além de toda uma admiração ao artesanato manual que vende bem até hoje nas feiras chamadas de hippie. Os estilistas cultuados na época eram Thea Portes, que fazia roupas com sofisticados tecidos árabes e turcos, e Laura Ashley, a dama do estampado “liberty”, ambos com lojas em Londres.
 

      "Faça o amor, não a guerra" era o lema do início da década que acaba influenciando a moda. Entre túnicas batik, micros e maxi saias, o jeans acaba sendo o vencedor, de preferência surrado e cheio de enfeites. Quando a década estava terminando começava a decadência do movimento hippie com a morte de Jimi Hendrix e Janis Joplin. Então, aliando um pouco de charme hippie e muito glamour, começava uma nova onda no pop, a chamada geração glitter e iniciava o fenômeno das discotecas, que no Brasil teve seu auge na novela Dancin' days.


      A moda glitter: futurista, metálica e andrógina, teve sua personificação na figura do camaleão David Bowie. Junto com a modernidade da época, sobreviveram em pleno auge super bandas de hard rock como Led Zeppelin e Black Sabbath. O rock pesado vivia seu grande momento e a androginia influenciava na forma de comportamento. Pela primeira vez o mundo ouvia o termo androginia. Estava lançada a expressão da ambigüidade sexual. Mick Jagger e até Rod Stewart já viveram em seus tempos femininos.
                                                              David Bowie

                                  Mick Jagger                                         Rod Stewart

      Era a época dos famosos sapatos plataforma, das calças boca-de-sino, das meias de lurex, do poliéster e dos signos do zodíaco. A moda passou a ser idealizada de fora para dentro, do povo para os fabricantes, da rua para os salões. O antigo conceito de exclusividade caducou e a massificação dominou o mercado. A criatividade aposentou o termo chic que, entre muitos outros, foi substituído por kitsch, punk, retrô.



Vestuário

* Estilo hippie
* Jeans e calças militares usadas com enormes bocas de sino, tachinhas, bordados e muitos brilhos
* Camurças com franjas;
* Estilo safári;
* Colares de contas miçangas, bijuterias étnicas;
* Saias e calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos;
* Estampas florais,
* Roupas artesanais, materiais naturais e tinturas caseiras;
* Botas de camurça e sandálias de plataforma;
* Bolsas de crochê ou com franjas com alças a tiracolo;
* Saias longas, estampadas, estilo cigano e muita interferência de brilhos e plumas nas roupas;
* Estilo apache;
* Estilo safári.

     Na década de 70, a cantora, atriz, apresentadora, estilista (e afins) Cher “A Deusa do Pop” se tornou um dos ícones femininos máximos da moda na cultura hippie, popularizando modelos como a minissaia e a calça boca-de-sino, de criação própria.

 Barbie Anos 70

 

Moda Atual

Coleção Outono/Inverno 2008 Anna Sui


Coleção Outono/Inverno 2008 Miss Sixty



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