sábado, 14 de janeiro de 2012

Fashion Rio Inverno 2012 - Quarto Dia



     Bom dia seus lindos. Vamos ver o que rolou nas passarelas do quarto dia do Fashion Rio Inverno 2012.


Walter Rodrigues
     Quando Walter Rodrigues apresenta uma coleção onde a feminilidade, como a vemos hoje, parece contida dentro de formas que não exploram a performance do corpo, acaba colocando em xeque, como ele mesmo comentou no backstage, a sensualidade: esconder o corpo seria necessariamente “anti-sensual”? O styling intensificou o mood austero, mas a usabilidade da coleção de Walter pode inspirar inclusive novos modos em diversos tipos de mulheres. “A saia grande cai bem na silhueta da brasileira”, comentou o estilista. 
     A inspiração dos desfile foram os personagens do fotógrafo alemão August Sander (1876 1964) e o filme “The White Ribbon”, de Michael Haneke. 
     A  coleção  de  Walter  Rodrigues  foi  inspirada  nas  mulheres  da  religião  Amish, que  possuem um visual camponês e bastante conservador. Quem assinou a beleza foi Robert Estevão, que fez uma mulher com cara  de  menina  e muito  natural, usando somente produtos da marca Duda Molinos. Na pele, hidratante e um leve corretivo apenas para correção; Robert não usou nenhum produto nos olhos. Nas  têmporas, um leve  iluminador para efeito de textura, e  na boca, um delicado rosa claro, com  protetor  labial. Os  cabelos foram presos em um coque baixo, para o chapéu usado na passarela. 

R.Groove
     A inspiração da R.Groovefoi a união do sport com o clássico e os flocos de neve. Entre os destaques está a mistura de materiais que aparece em algumas peças, especialmente nas jaquetas. Essas são, por sinal, as melhores roupas da coleção. Há uma boa diversidade delas, que aparecem um pouco mais amplas do que os paletós certinhos, que também são bons, mas atendem apenas aos consumidores bem magrinhos.
     A beleza da R.Groove, a cargo de Lavoisier, procurou inspiração na realeza. Os modelos, todos masculinos, pareciam príncipes. Lavoisier concordou: “Que bom que você achou, foi isso mesmo que pensei!”. “A pele só é corrigida, sem brilho. O cabelo é que já tem mais drama”, acrescentou.
     Os produtos usados foram um corretivo leve e uma base da cor da pele. O cabelo, com um leve topete, foi modelado com a mousse da L’Óreal “Tecni Art Full Volume” e fixado com o spray fixador da mesma marca, “Infinium Lumiére”. Os modelos de cabelo longo usavam o cabelo solto, liso e partido no meio. 

Agatha
     Uma das características que se destacam na coleção é o uso do veludo de vários modos. Em alguns momentos como matéria prima para o tricô, em outros ganha brilho com o paetê. O tecido confere uma maior densidade e volume às peças da Ágatha, como também sugere o inverno, mesmo que em vestidos de design mais estival. A marca quis explorar o universo do olhar: externos e internos.
     A  beleza  da  Agatha  foi  assinada por Robert Estevão, que fez uma mulher contemporânea com inspiração baseada nas texturas da coleção. A maquiagem foi muito natural e fresca, com um leve iluminador nas têmporas e uma boca nude. Os cabelos vieram lisos, com textura e um aspecto molhado. 

Filhas de Gaia
     Em sua primeira coleção, a marca trabalhou com a África como tema. Desta vez elas voltaram a essa inspiração,mas sob um outro viés. Renata explica: “queria fazer uma fusão com outra etnia totalmente diferente e surgiu a ideia de misturar com o Japão. E saiu uma África minimalista”. A exuberância africana, de fato, aparece mais nos maxicolares. As formas são mais “japonesas”, silhueta alongada e contida, com momentos mais sexy nas fendas e recortes. A maior parte dos looks é composta por vestidos e saias longas, de olho no mercado de festas. A blusa plissada bicolor em Marcelia é bem bonita e flerta com as ruas, já que é uma peça elegante e delicada que pode combinar tanto com uma saia longa quanto com qualquer calça: do jeans à pantalona.
     A beleza da Filhas de Gaia, a cargo de Lavoisier, é muito marcante. Começando de cima para baixo, os cabelos são presos bem no alto da cabeça, num coque molhado para o qual o próprio Lavoisier inventou o nome de “Coque Argola”, devido à forma que faz no alto da cabeça. A referência foi uma junção do Japão com África. A pele é feita com base e corretivo e um blush bem nude, só para dar profundidade. “É quase um sopro!”, define Lavoisier. O iluminador em pó usado no canto interno dos olhos, nariz e têmporas, está presente em dois tons: um alaranjado e outro mais claro. Tudo é finalizado com um pó translúcido. O batom é um vermelho “sangue de boi”, bem forte, com gloss vermelho em cima.

Printing
     A coleção da Printing parece ter olhado para um gosto internacional contemporâneo por elementos retrô e modelagem quase “senhora”, para então, com modificações precisas, transformá-los em looks mais jovens e sensuais. O efeito final, com as minissaias, é o de um chic atualizado e sexy.  A inspiração foram as figuras geométricas num espírito retrô.
     Robert Estevão assinou a beleza da Printing, que teve uma coleção rica em texturas, cores e detalhes. O maquiador diz que é uma passarela tão rica, que preferiu não interferir e optou por fazer uma mulher suave. Sua face foi opaca, com uma sombra (OPRE) da marca Duda Molinos e um leve iluminador nas têmporas, para dar volume ao rosto. Na boca, somente hidratante labial. Seus cabelos tiveram textura no topo e as pontas secas, como se a modelo tivesse saído de uma tempestade de inverno. 

     E esse é um resumo do que rolou no quarto dia de desfiles do Rio Fashion. Hoje vai ser o ultimo dia dessa maratona e amanhã eu trago tudo que rolou no encerramento da semana de moda do Rio.
     É isso. Espero que gostem. Um grande beijo e...

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