terça-feira, 28 de maio de 2013

Drink Me - Cartier Bresson

     People, hoje vai ter mais um Drink Me de fotografia. Sei que eu ando postando muito sobre isso, mas é que eu sou apaixonadíssima por esse assunto e por esses fotógrafos magníficos. E hoje tem um mestre em especial. O grande Henri Cartier-Bresson foi um fotógrafo que é considerado por muitos como o pai do fotojornalismo.
     Ainda criança Bresson ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Sua obsessão pelas imagens o levou a testar uma câmera de filme 35mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio. Frequentou a Ecole Fénélon e o Lycée Condorcet em Paris. Estou pintura de 1922 a 1928. Concluiu pintura e filosofia na Universidade de Cambridge. 

Box Brownie

     Foi durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies, em 1931, mostrando três rapazes negros correndo em direção ao mar.

Fotografia de Martin Munkacsi


     Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou escapar duas vezes e somente na terceira conseguiu. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade.
     Em 1947, Bresson fundou a agência fotográfica Magnum junto com Bill Vandivert, Robert Capa,George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho.

     Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar o contrataram para viajar pelo mundo e registrar imagens únicas. Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.

União Soviética, Moscou, 1954.                                     União Soviética, 1973.

Índia, Delhi, 1948. Gandhi

China, Beijing, 1948. 

Índia, Kashmir, 1948. 



     A partir de 1974 o mestre da fotografia se dedicou ao desenho e ao intuito de mostrar suas obras. Sua produção fotográfica transpira verdade, uma vez que ele acredita que a câmera pode traduzir o mundo real em imagens, flagrando-as em suas manifestações mais espontâneas; daí ele ter uma profunda aversão por fotos artificiais, editadas conforme o desejo de quem foi retratado ou do público consumidor.
     Ele carregava consigo somente uma antiga Leica, com uma objetiva de 50mm, e filmes preto e branco, pois não tinha afinidade alguma com implementos fotográficos mais intrincados. Bresson criou, em 2000, uma fundação à qual emprestou seu nome. Ele morreu em 2004, aos 95 anos, na Provença, em seu país natal.

     Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles "Images à la Sauvette", publicado em inglês sob o título "The Decisive Moment" (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos rodou os Estados Unidos em uma homenagem ao mestre do fotojornalismo.

Essa é uma das minhas fotos favoritas


Bresson sempre dizia que: 
“De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-Ias voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória.”

“Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração.”

     E se você se interessou pelo trabalho do artista é só entrar nesses links:

* The Decisive Moment (E-book em inglês, o primeiro livro de Bresson, publicado em 1952, cujo título original é Images à la Sauvette)

     E hoje é isso lindos. Espero que tenham gostado de conhecer mais sobre esse mago da fotografia. Vou finalizar com uma frase dele que achei super interessante e vou levar pra mim:

“Não há nada a dizer. Temos que ver, olhar. É tão difícil fazer isto. Estamos acostumados a pensar, todo o tempo. É um processo muito lento e demorado, aprender a olhar. Um olhar que tenha um certo peso, um olhar que questione.”

Um beijo grande e...

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