sábado, 12 de fevereiro de 2011

Alta-costura verão 2011 - Resumo

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Como já foi dito no post anterior, Galliano deu vida às ilustrações de René Gruau para Dior.

   Leveza, e uma aparente ausência de ornamentação excessiva, foi o que Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli propuseram para o desfile da Valentino. A dupla apostou numa leve pegada dos anos 70 para embalar todo esse clima delicado e feminino.
   A coleção conta com vestidos longos, bordados de borboleta e estampas florias lavadas e as várias rendas. Golas altas, babados pontuais e um constante romantismo nada forçado apontam para aquele mesmo caminho jovem que a dupla vem apostando nas últimas coleções.


   A Chanel mostra uma coleção delicada e feminina de olho na “vida real”. Karl Lagerfeld fez algo adequado para o closet, e a vida, da mulher contemporânea. Simplicidade não é um adjetivo que se associa às criações de alta-costura com facilidade. Ainda assim, é o que melhor se adequa a mais recente coleção apresentada por Lagerfeld.
   As formas são as mais básicas, como a de uma simples camiseta. Estas vêm sobre jeans justos, em cores lavadas ou todo “paetizados”, encobertos por faixas de tecidos amarradas na cintura ou saias evasês ou vestidos retos onde tweeds levemente coloridos e ricos bordados se fazem mais presentes. Se geralmente alta-costura imprimia saias de volumes dos mais absurdos e ornamentos dos mais brilhantes, aqui o caminho é o inverso. A exuberância fica por conta dos ricos bordados, que se adequam perfeitamente às roupas práticas para mulheres reais.


   Jean Paul Gaultier uniu o punk ao cancan. Metaforicamente o tema sugeria outra união ainda mais forte: a irreverência que marcou o início da carreira do estilista, com seu amor pelo melhor do estilo francês.
    Ele trouxe reinterpretações de trenchcoats, com camadas de tule tipo fru-fru das dançarinas do Moulin Rouge.Uma alfaiataria perfeita, lingeries, a corseteria e até as listras navy e tudo decorado com espinhos e taxas no melhor estilo punk.

 

   Armani viajou ao espaço em sua linha Prive, com imagens bem futuristas. A coleção está cheia de tecidos tecnológicos, uma mistura de seda com náilons, que deram um brilho cibernético. Giorgio Armani aproveitou o material para modelar as mais esquisitas formas tanto em seu daywear como nos looks de festa, que muitas vezes pareciam divididos em 2, ou flutuando sobre o corpo plastificado. Ele abandonou um pouco os tons neutros de lado, assim como aquela alfaiataria super elegante do verão passado, para abraçar novas possibilidades, novas formas e tecidos.


   A Givenchy fez uma apresentação intimista e repleta de detalhes. É possível identificar os traços góticos, a silhueta alongada e aquele romantismo dramático que vem marcando as coleções de Riccardo Tisci para a grife.A coleção é extremamente delicada e preciosa, cheia de microdetalhes, como as pérolas envoltas em georgette de seda, os paetês opacos que formam falsas estampas e mais uma infinidade de delicadezas que transformam esta coleção numa das melhores já apresentadas por Tisci.


 


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